Thursday, May 17, 2007

Chego mais uma vez a casa, exausto.
O silêncio é o mesmo.
O vazio continua igual.
A ausência está em todos os cantos da sala e do quarto.
Acendo a luz e olho à minha volta, mas este olhar ainda pesa tanto.
Os teus CDs preferidos pedem-me para serem tocados, desejosos de te verem dançar.
Os teus livros olham-me nos olhos, ansiosos pelos teus olhos.
E eu, tenho saudades de matar a saudade quando chegava a casa.
O regresso ao fim do dia parece nunca ter fim. É como olhar para a linha do horizonte e querer tocar-lhe. Ali tão perto e tão infinita...
Depois, sento-me apenas no sofá e fecho os olhos. Sinto a (tua) eternidade a passar os dedos pelos meu cabelo, mais um beijo na testa e uma carícia nas costas da mão.
E adormeço ali, mais uma vez... exausto.