Friday, December 29, 2006


A tua ausência, presente e permanente envelhece-me o corpo e a alma, lentamente, a um ritmo cada vez mais certo. É difícil andar na praia, olhar para trás e não ver também as tuas pegadas na areia. Não consigo habituar-me a esta ideia estúpida e estropiante.
E assim vou-me diluindo ao sabor das ondas, lágrima a lágrima.
Sinto a tua presença à minha volta, dentro de mim, mais que nunca. Quando respiro é por ti, quando sorrio é por ti, quando penso existo em ti.
Nunca foste tão escrita, tão lida, tão pensada, tão amada. Não respondeste ainda às mensagens, nem aos posts e nunca o vais fazer, bem sei. Mas olha que muita gente também sente a tua falta. Acho mesmo que estás a fazer fita. Muitas vezes queixavas-te que havia sempre alguém que se esquecia de ti. “Mandei mensagem ao pessoal para irmos à esplanada beber um copo e ninguém me responde… ‘da-se…”.
Agora, só para chatear és tu que não respondes.
Deves estar bem aí, algures, nesse sítio onde tu estás.
Com vista para todos os Tejos do mundo.
De certeza que daí “controlas” tudo.
O que se diz de ti. O que se faz sem ti.
O que aqui se faz por ti.