A semana ainda não terminou para mim, está a ser a maior semana de trabalho da minha vida, uma semana que leva já 21 dias ininterruptos. E não dá sinal de abrandar.
O cansaço, os milhares de quilómetros percorridos e os sucessivos obstáculos nos trabalhos preenchem cada músculo do meu corpo. Até o olhar me pesa. Já me esqueço dos nomes de pessoas próximas, paro cada vez com mais frequência para dormitar uns minutos nas áreas de serviço, os movimentos do meu corpo tornam-se cada vez mais estranhos. Sinto-me deformado com a exaustão.
Quando finalmente chego a casa, a sensação é a mesma quando paro num parque de estacionamento qualquer, a altas horas da noite ou a meio da tarde, para dormir uma hora encostado ao volante. Um local de passagem e descanso breve.
E sinto um anormal conforto por tudo isto, pela fuga do pensar do que eu antes era, de tudo o que eu pensava existir na minha vida há alguns meses atrás.
Mas a vontade de continuar e seguir em frente é cada vez maior.
Tudo isto não é mais que um mero desabafo, posso garantir.
A vida vai continuar, eternamente e em constante mudança. Sinto-me insignificante demais para querer deixar de viver, ou mesmo querer que a vida me recompense de algum estranho equívoco do destino.
O que eu vivi durante quase 5 anos foi mais do que muita gente viveu vidas inteiras.
Sinto por isso uma estranha felicidade dentro de mim, apesar de tudo pelo que passei nos últimos meses.
E de tudo o que ainda vive e morre dentro de mim todos os dias.
Talvez ainda venha a encontrar um porto de abrigo onde me sentirei novamente seguro. Um lugar onde poderei baixar as velas ao final do dia, apreciar o pôr-do-sol, e sorrir espontaneamente à brisa fresca que me levou de volta a casa.
Um dia voltarei a sentir a emoção de fazer alguém feliz.
O cansaço, os milhares de quilómetros percorridos e os sucessivos obstáculos nos trabalhos preenchem cada músculo do meu corpo. Até o olhar me pesa. Já me esqueço dos nomes de pessoas próximas, paro cada vez com mais frequência para dormitar uns minutos nas áreas de serviço, os movimentos do meu corpo tornam-se cada vez mais estranhos. Sinto-me deformado com a exaustão.
Quando finalmente chego a casa, a sensação é a mesma quando paro num parque de estacionamento qualquer, a altas horas da noite ou a meio da tarde, para dormir uma hora encostado ao volante. Um local de passagem e descanso breve.
E sinto um anormal conforto por tudo isto, pela fuga do pensar do que eu antes era, de tudo o que eu pensava existir na minha vida há alguns meses atrás.
Mas a vontade de continuar e seguir em frente é cada vez maior.
Tudo isto não é mais que um mero desabafo, posso garantir.
A vida vai continuar, eternamente e em constante mudança. Sinto-me insignificante demais para querer deixar de viver, ou mesmo querer que a vida me recompense de algum estranho equívoco do destino.
O que eu vivi durante quase 5 anos foi mais do que muita gente viveu vidas inteiras.
Sinto por isso uma estranha felicidade dentro de mim, apesar de tudo pelo que passei nos últimos meses.
E de tudo o que ainda vive e morre dentro de mim todos os dias.
Talvez ainda venha a encontrar um porto de abrigo onde me sentirei novamente seguro. Um lugar onde poderei baixar as velas ao final do dia, apreciar o pôr-do-sol, e sorrir espontaneamente à brisa fresca que me levou de volta a casa.
Um dia voltarei a sentir a emoção de fazer alguém feliz.
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