Wednesday, July 18, 2007


Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.


(Carlos Drummond de Andrade)

Wednesday, July 11, 2007


Gosto de brincar contigo.
Como sempre fomos, duas almas feitas de meninice...
E gosto mais ainda quando te toco e tu sorris.
Como sempre foi e sempre será.
Estás sempre à distância de um piscar de olhos ou de um sorriso cigano.